A digitalização tem transformado profundamente o mercado de trabalho e a sociedade como um todo. Desde o início do século, profissões surgiram e desapareceram em resposta às inovações tecnológicas, e conforme análises da Universidade de Oxford, publicadas em 2016, a automação e a digitalização poderão causar o desaparecimento de quase metade dos empregos no mercado americano (47%) até 2041. Mas, por outro lado, novas oportunidades emergem, especialmente em áreas criativas e tecnológicas, exigindo adaptação e aprendizado contínuo de profissionais e empresas.
Segundo a Forbes Brasil, cerca de 10% dos profissionais contratados em 2024 ocupam cargos que não existiam no ano 2000. A evolução tecnológica trouxe muitas carreiras dentro de tech que passaram a desempenhar papéis fundamentais no mercado. Algumas delas são:
- Desenvolvedor de Aplicativos Móveis: Com a popularização dos smartphones, surgiu a necessidade de profissionais especializados na criação de aplicativos para dispositivos móveis;
- Gestor de Redes Sociais: O crescimento das plataformas sociais criou demanda por especialistas em gerenciar a presença online das empresas;
- Especialista em SEO: Essencial para otimizar conteúdos e garantir a visibilidade de marcas nos mecanismos de busca;
- Engenheiro de Inteligência Artificial: O avanço da IA gerou a necessidade de profissionais capazes de desenvolver e aprimorar sistemas inteligentes;
- Analista de Big Data: Com a explosão de dados digitais, surgiu a demanda por especialistas em analisar grandes volumes de informações e transformar dados em insights valiosos.
E, paralelamente a isso, as tendências tecnológicas para 2025 apontam para um futuro ainda mais dinâmico, repleto de desafios e oportunidades.
Mas quais são as Tendências Tecnológicas para 2025?
Segundo o Gartner, que apresentou uma lista dividida em 3 temas (imperativos e riscos de IA, novas fronteiras da computação e sinergia entre seres humanos e máquinas), estas são as 10 principais tendências para 2025:
1 – Os imperativos e riscos de IA impulsionam as organizações a se protegerem.
– Agentes de IA: são sistemas autônomos capazes de planejar e executar ações para atingir metas definidas pelo usuário.
Oferecem vantagens como a criação de uma força de trabalho virtual que reduz tarefas repetitivas e complementa a atuação de humanos e aplicativos. No entanto, exigem proteções robustas para garantir que suas ações estejam alinhadas com as intenções de usuários e provedores.
– Plataformas de governança de IA: permitem que organizações gerenciem o desempenho jurídico, ético e operacional de seus sistemas de IA.
Essas soluções criam e impõem políticas para garantir o uso consciente da IA, explicam seu funcionamento, gerenciam seu ciclo de vida e promovem transparência, reforçando a confiabilidade e a responsabilidade. No entanto, enfrentam o desafio de lidar com diretrizes que variam entre regiões e indústrias, dificultando a definição de práticas unificadas.
– Segurança contra desinformação: envolve tecnologias emergentes que avaliam sistematicamente a confiança.
Essas soluções reduzem fraudes ao validar identidades, impedem o controle indevido de contas com pontuação de riscos adaptável e protegem a reputação da marca ao identificar narrativas negativas. Contudo, enfrentam o desafio de exigir abordagens multifacetadas, adaptáveis e constantemente atualizadas em equipe.
2 – As novas fronteiras da computação obrigam as organizações a reconsiderarem seus processos
– Criptografia pós-quântica (PQC): proteção de dados contra os riscos de descriptografia trazidos pela computação quântica.
Ela protege informações sensíveis frente aos avanços tecnológicos, mas enfrenta desafios como a incompatibilidade imediata com algoritmos assimétricos existentes. Além disso, pode impactar o desempenho de aplicativos atuais, demandando testes extensivos e possíveis ajustes no desenvolvimento.
– Inteligência invisível do ambiente: integra totalmente a tecnologia ao ambiente, proporcionando experiências mais naturais e intuitivas.
Ela oferece vantagens como monitoramento em tempo real de itens com baixo custo, aumento da eficiência e a criação de formas seguras de registrar identidade e propriedades dos objetos. No entanto, enfrenta desafios relacionados à privacidade, exigindo consentimento para certos usos de dados, além do risco de os usuários optarem por desativar tags para proteger suas informações pessoais.
– Computação energeticamente eficiente: busca ampliar a sustentabilidade por meio de arquiteturas, códigos e algoritmos mais eficazes, otimização de hardware e uso de energia renovável.
Essa abordagem atende às crescentes pressões jurídicas, comerciais e sociais para reduzir a pegada de carbono. No entanto, precisa de novos hardwares, ferramentas e habilidades, além de custos elevados com a migração para plataformas mais sustentáveis e o possível aumento nos preços de energia verde devido à alta demanda.
– Computação híbrida: combina diferentes mecanismos de computação, armazenamento e rede para resolver problemas computacionais complexos.
Ela oferece vantagens como ambientes de inovação mais eficientes e ágeis, avanços em IA que superam limites atuais, automação em níveis elevados, personalização em escala e o uso do corpo humano como plataforma de computação. Porém, existe a necessidade de habilidades especializadas para lidar com tecnologias emergentes, riscos de segurança em sistemas autônomos, altos custos e a complexidade de orquestração e integração de tecnologias experimentais.
3 – A sinergia entre seres humanos e máquinas funde os mundos físico e digital
– Computação espacial: A computação espacial aprimora o mundo físico com tecnologias como realidade aumentada e virtual, criando experiências imersivas.
Ela atende à crescente demanda por interatividade em jogos, educação e comércio eletrônico, além de oferecer ferramentas avançadas para visualização e tomada de decisões em saúde, varejo e manufatura. Contudo, enfrenta desafios como o alto custo e a usabilidade limitada dos óculos de realidade virtual, interfaces complexas, riscos à privacidade e segurança de dados, além do isolamento do usuário e potencial de acidentes.
– Robôs polifuncionais: são projetados para executar diversas tarefas e alternar entre elas de forma integrada.
Eles oferecem vantagens como maior eficiência, retorno sobre investimento mais rápido e implantação ágil, sem necessidade de grandes mudanças na infraestrutura. Além disso, podem atuar junto a seres humanos ou substituí-los em determinadas funções. O desafio é a falta de padrões definidos na indústria para preços e funcionalidades mínimas exigidas.
– Expansão neurológica: utiliza tecnologias que decodificam a atividade cerebral para aprimorar capacidades cognitivas.
Ela permite a aquisição de novas habilidades, melhorias na segurança, formação educacional personalizada e o prolongamento da vida profissional, além de abrir caminhos para o marketing do futuro. No entanto, enfrenta desafios como custos elevados de bateria, mobilidade e conectividade sem fio, além de ser uma tecnologia invasiva e arriscada. As interfaces cérebro-máquina unidirecionais e bidirecionais levantam preocupações éticas e de segurança, incluindo possíveis impactos na percepção da realidade do usuário.
Preparação para o Futuro
Tanto empresas quanto profissionais precisam se adaptar às mudanças tecnológicas. Investir em qualificação contínua e desenvolver competências digitais é essencial para se destacar. Organizações, por sua vez, devem adotar inovações que promovam produtividade, sustentabilidade e competitividade.
Já estamos em 2025, e o cenário tecnológico e profissional está mais dinâmico do que nunca. As transformações não apenas redefinem as carreiras, mas também moldam como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. É preciso que os líderes adotem sempre uma visão de longo prazo para garantir êxito no seu propósito.
Essas tendências tecnológicas são estratégicas para 2025, elas indicam caminhos para enfrentar questões relacionadas à produtividade, segurança e inovação, ajudando a ampliar a visão de cenários futuros e direcionar investimentos e planejamentos de forma mais eficaz.
Equipe Verx
