Você já deve ter ouvido falar ou lido alguma notícia sobre isso, o termo referir-se a falta de mão de obra qualificada. Está acontecendo só em Tecnologia? De maneira alguma, muitos setores estão com falta de mão de obra qualificada, um deles é o setor financeiro, e outro, o turismo, por exemplo.
Mas vamos nos ater à tecnologia. O país hoje, segundo o IBGE, tem 10 milhões de desempregados e conforme informa a BRASSCOM, o setor de tecnologia de janeiro a junho deste ano gerou 76.340 novos postos de trabalho, contratando cerca de 12,7 mil profissionais a cada mês em todo o Brasil. Ainda segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, o aumento no Macrossetor de TIC (tecnologia, informação e comunicação), é significativamente maior do que o restante da economia brasileira. De 2021 até junho de 2022, os empregos nacionais tiveram um crescimento de 2,7% e os salários em tecnologia também continuam acima da média, com uma diferença de 118% em relação ao salário médio nacional.
Vagas estão sendo criadas e pessoas estão sendo empregadas, então qual é o problema? O problema é que o país forma, atualmente, cerca de 53mil pessoas por ano em cursos com perfis tecnológicos e segundo o estudo “Demanda de Talentos em TIC e Estratégia TCEM”, até 2025, o Brasil precisará de 797 mil profissionais de tecnologia, ou seja, nessa linha, daqui a três anos, deverá haver um déficit de 530 mil profissionais na área. O setor vem crescendo como já não é mais novidade, e essa falta de qualificação é um desafio para os recrutadores. Além de ser um custo imenso para empresas por gerar uma alta rotatividade de funcionários, já que a disputa por quem é qualificado é grande, e a qualquer momento o seu talento pode receber uma nova proposta!
Mas o que fazer? Como podemos diminuir esse abismo entre o número de oportunidades e o número de pessoas preparadas para elas?
Muitas empresas deixaram de contratar profissionais prontos para investir na formação de talentos, moldando esses iniciantes ao que de fato a empresa precisa. Acho uma forma interessante investir em pessoas, a educação, o conhecimento não pode ser tirado de quem os adquire e dessa forma, além de contribuir para diminuir o déficit e contribuir com a sociedade, também gera um sentimento de pertencimento que talvez melhore a retenção desses talentos na organização. Se você não tem estrutura na sua empresa para formar novas pessoas, outra opção é investir em parcerias com instituições de ensino, plataformas de cursos online ou com consultorias especializadas em recrutar e desenvolver consultores especializados para te atender, assim como nós da Verx. Então, sim, o apagão de mão de obra é real e se não dermos a nossa contribuição na formação de novas frentes para as áreas que estão com dificuldades para contratar, sentiremos cada vez mais essa escassez.